Tábula rasa

Um novo rebento brota, virgem e fértil, do seu invólucro protector, para o mundo que o disputará insistente, frenética e intensamente durante esta nova fracção da sua eternidade. A contenda será mascarada como uma série de acasos, coincidências, acontecimentos, ora de sorte ora de infortúnio, cada um dos quais lapidar, deixando a sua marca, conquistando, pouco a pouco, todo um ser, definindo-o.

Seja ou não capaz existirão tempos de paz, etapas que se confundem com meta definitiva, que farão esquecer partes importantes do percurso. Até ao início do próximo round, que obrigará à reconstrução de todo o caminho a fim de evitar o repiso dos pântanos do passado.

Esse será o seu futuro e presente recorrente.

Por agora não é nada. É um vazio. À mercê de forças opostas. A acolhedora luz, não invasiva, que o afaga, o escuta, o nutre. As perigosas trevas primordiais, que consigo nascem, a todo o momento o atentam, o corrompem, o corroem. Uma trabalhando de fora para dentro, a outra de dentro para fora, duas forças opostas que se encontram nele, epicentro do apocalíptico choque frontal.

Sê bem-vindo e boa sorte.

Foto de Julieta Domingos

Escrito de Fresco porquê?

Há quem me tome por incontinente verbal mas a verdade é que a minha língua não tem débito suficiente para o turbilhão de pensamentos que me assolam a mente a todo o momento. Alguns engraçados, outros desgraçados, mas vários merecedores desta lapidação digital para a posteridade e, quem sabe, para a eternidade. Os escritos aqui presentes surgiram do nada e significam aquilo que quiseres. Não os escrevi para mim mas sim para ti. Enjoy

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