2010/05/06 - Há palavras que ...

Há palavras que soam a chilreios de pássaros voando sobre a sarjeta e sobre os mendigos que cravam cigarros. Outras palavras estão impressas em cartazes pendurados nas copas de árvores ou simplesmente colados em carrinhos de gelados.

Há palavras avassaladoras que competem com o pouca-terra pouca-terra dos comboios e que, tal como acontece com os automóveis, precisam de uma passadeira para evitar sermos atropelados por elas.

Depois, felizmente, há aquelas palavras que trazem as pessoas às varandas. Não as varandas com vista para o alcatrão mas sim aquelas que avistam um jardim sem fim. Essas palavras são faróis que dispersam a fuligem e o lixo vigente. Surgem do nada e muitas vezes engasgadas como repuxos de uma fonte secular.

Os seus autores são pessoas, com e sem stress, que sobre o restaurante se assumem como mecânicos da escrita criativa.

1 comentários:

Rosa Oliveira disse...

Eu... sempre que tento escrever sobre as palavras... sinto que as palavras... não me chegam...

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Olá... estou-te a ver! Podes falar mal ou falar bem mas com juizinho sff! Beijinho e/ou Abraço

Escrito de Fresco porquê?

Há quem me tome por incontinente verbal mas a verdade é que a minha língua não tem débito suficiente para o turbilhão de pensamentos que me assolam a mente a todo o momento. Alguns engraçados, outros desgraçados, mas vários merecedores desta lapidação digital para a posteridade e, quem sabe, para a eternidade. Os escritos aqui presentes surgiram do nada e significam aquilo que quiseres. Não os escrevi para mim mas sim para ti. Enjoy

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